O tempo passa, a vida corre. As únicas certezas que tenho são sobre mim. Estou ficando mais chato, mais exigente... normal. Não tenho mais paciência pra certas brincadeiras, não brinco mais de casinha, não jogo mais os jogos que não me fazem bem. O conceito de par perfeito mudou (e como...) com o passar do tempo e o padrão de beleza idem. A paixão pelo Mengo aumentou, esse sim, meu único ato inconsciente, insano. Aquele textinho, que supostamente foi Jabour que escreveu, "Eu te amo não diz tudo", deveria vir em forma de cartilha e entregue nas ruas assim como camisinhas em época da festa da carne. Os pés, embora, saiam de vez em quando, estão mais fincados no chão que nunca, chegando a quase criar raízes. O coração eu uso muito de vez em quando, pra não gastar. As prioridades mudaram. As mentiras, tal como Cazuza, somente as sinceras me interessam. A família mudou, aprendi que ela pode se estender, ou diminuir, e é independente do laço sanguíneo. Algumas teorias, que antes não faziam sentido algum, hoje caem como uma luva: Sabe aquela histórinha de que a Vaca cagou em cima do passarinho e ele ficou aquecido e não morreu de frio e o gato não conseguiu come-lo? Enfim, se não sabe, a teoria é: Nem sempre quem te deixa na merda quer o seu mal. Nem sempre quem te promete mil maravilhas te quer bem. Pode acreditar, essa verdade é foda. A qualidade do meu sono melhorou. Ah, isso sim. O sonífero é aquele provérbio Chinês. Não se preocupe com seus problemas. Se você tem um problema, ele tem uma solução, se ele não tem solução, então não há
com o que se preocupar. A partir daí.. ZZZzzzzZZzZ Z zzzZ.
Aprendi também que pra correr atrás de algo, existe uma linha ténue que depois de ultrapassar a persistência, se chama falta de bom senso.
O que permaneceu imutável, foi esse meu jeito que mamãe ensinou: -Quando algo te incomodar
e tu estiver certo meu filho; cavalo em parada de sete de setembro. Cagando, andando,
cabeça levantada e andando pra frente.
Rááá! Mãe, te amo!
E a personalidade, continua forte.
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