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Tenho uma característica que é uma faca de dois gumes, corta pros dois lados... e não é bi-sexual não! Auto-suficiência. Esses dias comentei, não me recordo onde, que a linha que separa a arrogância da independência é tênue demais. Os que me acompanham desde o início do Presente, sabem que a arrogância aqui passou longe, até porque, um cara que brinca tanto, no sentido de molecagens, não tem a mínima coisa a ver com arrogância. Acontece que, pra quem não conhece o suficiente, isso soa de outra forma. A forma exatamente oposta, que faz com que algumas pessoas, acreditem se quiser, tenham uma imensa antipatia por mim.

Ao contrário do que deveria ser, as pessoas acham normal viver em tristeza, ou no máximo na normalidade, sinceramente, não sei o porquê desse comportamento. Faça um teste. Chegue cantando no trabalho, ou coloque um smille sorrindo no msn. Não dou 5 minutos pra perguntarem sobre o tal passarinho azul que você viu! Não que a felicidade alheia incomode, acho até que tem gente assim, mas acho que o homem não é acostumado com a felicidade plenamente. Então, pensem, imaginem um cara, (mais precisamente eu) que tem como dependência pra sua própria felicidade apenas ele mesmo. Imaginaram? Eu sou feliz por mim mesmo. Eu curto um cinema sozinho, eu curto um Mcdonalds sozinho, uma praia, um DVD, um vídeo game. Isso quer dizer que a solteirisse não me incomoda, e menos ainda que dependa de alguma mulher pra ser feliz.

Imagine, você depender de alguém pra sorrir. Olhem a complexidade disto. Depender de algo que você não controla. Isso não quer dizer que eu passe 100% dos meus dias mostrando os dentes pra tudo e pra todos. Pode até não parecer, mas sou de poucos sorrisos alheios e não sou tão “dado” a quem não confio. Sorrio quando tenho que sorrir e pra quem tenho que sorrir. Parece controle demais, que não tenho carências e que não me batem tristezas. Pelo contrário, acontece tudo isso. Acontece que tenho um jeito de que não curto carregar ninguém nas costas e detesto andar atrás de alguém. Comigo o negócio é lado a lado. Andar ao lado, nunca carregar, nunca ser carregado. Pasmem, mas isso me trouxe problemas em alguns relacionamentos. Acho que amedronta o outro saber que você não depende dele pra sorrir, quando eu acho que deveria ser o contrario: Ele estar sempre sorrindo ao seu lado. Parece uma capa, há até quem diga que por trás dessa “dureza” toda habite um “normal”. Estilo aquela musica da tesuda da Maria Rita:

“Não, ele não vai mais dobrar
Pode até se acostumar
Ele vai viver sozinho
Desaprendeu a dividir..”

Eu não gosto de ser assim, ou eu não desgosto de ser assim. Eu sou assim em minha forma mais natural de ser. Soa arrogante, eu sei, mas não é. Penso que colocar sua felicidade nas costas de outra pessoa é como se colocar os melhores momentos da sua vida em xeque, e quem ta jogando com você, vai sempre querer ganhar.

Vai... você não gostaria de num momento de aflição, ouvir de um namorado teu:

-Ei, não fica assim. Você vai conseguir. Eu to do teu lado.


Um ps. Só pra não soar interpretação errada, a minha maior qualidade é o companheirismo.

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Pessoal, seguinte... O blog vai passar por uma reformulação, acredito muito que, para melhor (sempre!) e por isso pode acontecer algum bug, mas que até domingo estará devidamente solucionado. Convido todos para comparecerem no domingo, apreciarem o novo lay e uma surpresa a mais que estou guardando pra vocês.

Um excelente fim de semana a todas e não se esqueçam: Façam muito sexo! Se precisarem de ajuda, tamo aê!

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Macarrão Estragado

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A pouco tempo viajei pra Miguel Pereira, região serrana aqui do Rio. Fomos comemorar meu aniversário e o de uma amiga. Viagem entre amigos, aquela coisa, geral em casa bebendo, brincando... Porra nenhuma. Foi uma merda! Duas galeras diferentes, que não se conheciam, e modéstia a parte, com a minha não tem miséria. Levei só eu 4 litros de Red Bull e o Léo 2 garrafas de Red Label, enquanto a outra galera queria dividir a conta de miojos. Enfim, ficaram 2 grupos. Um ficou se comendo dentro da casa, eles. Outro ficou bebendo e zoando fora, nós. De tanto whiskey com RedBull, o Macarrão foi ficando louco, louco. A gente avisando:

-Coé Macarrão, manera nessa bebida!

Macarrão é pilha fraca. O Léo começou a agitar pra ele beber, beber e beber, e ele ia no papo. Em determinada hora Macarrão foi pro quarto e desmaiou de bêbado, pra minha alegria. Pense num espírito de porco. Yes, I AM! Tiramos altas fotos do Macarrão: Com flor no cabelo, com cueca na cabeça, colocamos o Fedor, o cachorrinho da casa, em cima dele, fizemos o Fedor lamber a boca dele, tudo isso minuciosamente fotografado. Pô, comecei a achar a zoação fraca. Qual a graça de só se tirar foto?

Sentei do lado de fora e fiquei olhando pro nada, talvez esperando alguma inspiração. Fedor veio, me olhou, pediu carinho, latiu, se afastou e deu uma cagada na grama. Meus olhinhos brilharam! Não sei como não havia pensado naquilo antes! Corri na cozinha, peguei um palito de dente e passei um pouco do cocô do Fedor na ponta. Geral me olhando:

-Cara, o que que você vai fazer Felipe? Você só faz merda.
-Não, a merda quem fez foi o Fedor. Me tira essa culpa porque eu já carrego coisa demais!

Fui até o quarto, olhei a imagem do Macarrão ali, bebão dormindo e nisso já comecei a rir. Eu quando vou fazer merda, começo a rir igual a uma hiena descontrolada. Sério! Tive que me controlar pra não acordar o Macarrão. Me ajoelhei, meti o palito sujo de cocô dentro do nariz dele, e cuidei pra que ficasse tudo lá dentro. Macarrão deu um suspiro e coçou o nariz. Perfeito! Espalhou tudo.

La fora, bebi, bebi, bebi e tinha até esquecido da parada já. Quando foi lá pra noite, Macarrão acordou, foi na varanda, deu boa noite pra geral e sentou do meu lado.

-Porra cara, dormi pra caralho.
-Claro, parece que quer entrar dentro da garrafa. Avisei pra parar de beber.

Macarrão começou a se olhar. Pés, mãos, camisa e short.

-Porra Felipe, ta um cheiro de merda não ta?
-To sentindo não cara.
-Cara, alguém cagou feio na casa! To desde lá de dentro procurando onde foi mas não acho. A casa ta empestada com o cheiro cara, mas porra, não consigo saber de onde é!
-To sentindo não...

Macarrão ficou calado. Olhando pro nada, e eu naquela de não poder rir me fiz o bêbado que estava rindo de tudo.
-Pô Felipe, tu ta me zoando não ta? Tá o maior cheirão aqui e tu não ta sentindo?
-Não cara! Será que tu cagou nas calças de tão bêbado.

Macarrão disfarçou, mas eu vi ele meter a mão dentro da cueca.

-Cara, será que to tão bêbado que to pensando que to sentindo o cheiro?
-Pode ser.

Macarrão coçou a cabeça, olhou pro nada, ainda pensou em me xingar ao desconfiar que eu tinha feito algo, mas fiquei bem sério e quando ria, fingia ser por outra coisa.

Semana passada, estávamos voltando de um casamento. Todos no carro e bêbados. Casamento é aquilo né? Encontra aquela galera da antiga, músicas dos anos 80, tome cerveja, tome caipirinha e acaba geral alto. Macarra voltou bebão... no carro, parecia estar anestesiado. Eu zoava e ele nada de responder. Meu irmão que não sai conosco perguntou:

-Nossa, o Alberes sempre bebe assim?

Eu no auge da empolgação e do poder etílico soltei o que não era pra soltar!

-Sempre! Pô, na ultima vez, viajamos pra Miguel Pereira, ele doidão, eu peguei coco de cachorro e passei dentro do nariz dele.

Macarrão abriu os olhos:

-Cara, na moral, você tem problemas. Eu acho que você é doente! Sério! Eu sentindo cheiro de merda, achando que tinha me cagado, depois que cheguei em casa pedi pra minha mãe me cheirar umas 30 vezes e a porra tava dentro do meu nariz?

-Não seu burro! Não era porra! Era cocô!
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Até onde vai sua Matrix?

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Aí rolou aquele papo... De minutos, foram horas! Os gostos? Parece que foi tudo combinado! Até aquela camiseta cor de abóbora bem viva que você ganhou da sua avó e só você acha bonita ela também tem uma! E por coincidência, também ama. E aí, marcam mais uma vez. E tome bater papo, e contar da vida, ficar de casos e besteiras, igual Cazuza e Bebel. Risadas, sorrisos, admiração. Os olhinhos começam a brilhar e o que a dias era somente afinidade, começa a tornar-se saudade, falta, carinho e sabe-se lá o que. Como você sente isso tudo por alguém que você nunca viu? Nunca tocou? Nunca sentiu o cheiro? Coisa de maluco né? Né não... Acontece mesmo.

Quem nunca teve uma paixão virtual? Trocou um papo no Orkut, numa sala do UOL, ou no próprio blog e “se apaixonou”? Até aí tudo bem. Na minha opinião a chance de dar certo ou de dar errado é a mesma do mundo real. Em ambos encontramos gente boa e gente ruim. O problema começa quando encontramos gente ruim. Estamos tão afim que não percebemos. Já caíram nessa?

O assunto é bem complexo, mas não tem como fugir de algumas boas práticas bem básicas de quem quer se envolver. Digo complexo por que? Há gente que quer se preservar. Não se expõe, nada de fotos, cam ou dados a mais. Normal. O lance nesse caso é o tempo. Alguém que quer se preservar mas quer se envolver contigo, não pode passar anos atrás do monitor sem te dar algo de concreto. Um telefone fixo, mostrar-se na cam, falar ao telefone, concretizar um encontro. Se isso não vai se tornar real, então pra que se envolver? Não me parece lógico. Há quem tenha medo, e ainda assim, cai no caso acima. O medo não pode deixar uma pessoa meses atrás de um monitor, quando o tempo se estende demais, isso começa a ficar esquisito. Há as pessoas que querem criar personagens, o que é normal. Há as pessoas que começam mentindo e no meio querem consertar e acabam complicando ainda mais e por fim, há as pessoas realmente ruins. Quem não ouviu falar do caso Leonardo Werneck? Há de se perceber que todas tem características em comum: Excesso de mistério, privacidade demasiada, desculpas cabulosas, sumiços repentinos tudo em prol de algo; nunca se mostrar, nunca aparecer, nada de concreto. Isso provém da doce ilusão da internet (ainda) ser terra de ninguém. Como profissional da área (disponibilizo o meu registro a quem quiser, só me enviar um email) afirmo que isso é apenas ilusão. A internet possui leis, códigos e julgamentos próprios (crimes digitais) e engana-se quem se acha seguro no intuito de ficar anônimo. Óbvio que isso demanda tempo, e conhecimento, se não técnico ou de amigos (em provedores). Lembro ainda que não é anticosntitucional a liberação de dados por parte de provedores nos casos de investigações digitais, o sigilo se refere sempre ao conteúdo e nunca ao acesso. Quem não se lembra quem na Matrix existiam leis?

A quem está nessa: Tente trazer logo pro real. Ninguém morre ao se mostrar numa cam. Ao te mandar uma foto recente. E outra, quem manda uma foto, manda 10, 15, 20. E nada de fotos cortadas. Pensem como é fácil entrar no Orkut alheio e roubar fotos. E os amigos próximos? Cadê os depoimentos dele no Orkut da pessoa? Cadê eles no Orkut da pessoa? Cadê as fotos deles com a pessoa? Se você quer um tel fixo e tem coragem, passe o seu, se você não receber um em troca, meus queridos, caiam fora. É fake, e pior que ser fake, é ser gente ruim. O post de hoje foi meio sério né? Talvez eu tenha sentido necessidade de alertar sobre tal. Talvez eu queira falar pra vocês que é mais bonito ser real. Ou que talvez a pessoa que te queira de verdade está cagando e andando pra toda perfeição fake virtual que você passa e queria somente alguém cheio de defeitos mas de coração real que você não foi. Alguém gente da gente. Porque mesmo virtualmente, a alma se fere...
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Meus Ovos!

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Pessoas,

Estarei ausente nos próximos dias, pois estou indo para um retiro sexual descansar! Deixo com vocês meus votos de boa Páscoa e que o Coelhinho traga... é... traga...



Enfim... fiquem com meus ovos!
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Estátua!

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Estátua!



Ahhh, vai dizer que vocês nunca brincaram disso com os coleguinhas do colégio!?

Duvido! Duvido!



O dificil é não se mexer...
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Como perder seu emprego.

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Nossa, 4 dias sem postar! Quando falo que ta foda arrumar tempo nego não acredita! Sem tempo, não vem criatividade, sem criatividade não dá pra escrever nada de útil e quando não se escreve nada de útil escrevemos o que? Merda! Dá merda! Igual quando tem muita criança, vila, gatos e um Italiano! Dá merda! Juro pra vocês que conversei até com Papai do Céu ontem: -Meu querido! Dai-me tempo, porque tenho um blog cheio de leitoras e tenho que comer todas dar atenção a elas.

Eu sou comportado, não sou do tipo que fica pensando, matutando a próxima traquinagem. Juro! Eu to quieto, e de repente aquele molequinho sem juízo que habita em mim vem... O problema é que toda hora a porra do moleque vem!

1° de abril. Como sou meio exagerado, resolvi não pregar mentira em ninguém. Não curto mentirinha boba. Zoar por zoar eu fico na minha. Se é pra sacanear toca logo o terror! To quieto, sem nem lembrar do tal dia da mentira. Meu coordenador entrou na minha sala uma vez, duas, três. Preocupado pacas, e com razão. Estamos com menos 3 pessoas na equipe de TI (Informática) e isso aumenta a carga que vocês não tem noção.

O animal aqui, simplesmente achou que pedir demissão de brincadeirinha seria uma brincadeira legal com o chefe:

-Paulinho, não to satisfeito. Quero sair

Paulinho me olhou, meio assim incrédulo, mas eu não ri. Eu sempre rio quando faço besteira, pro meu azar, dessa vez fiquei sério.

-Como assim? Você vai me fuder! Estamos com menos 3.
-Por isso mesmo. To cansado. Quero sair, e hoje.

Paulinho foi ficando vermelho. Coçou a cabeça, alisou a barba, olhou pro chão. Aí ferrou, não agüentei e ri. Acontece que ele não riu. Nem um pouco. Nadinha. Ainda me olhou sério.

-1 de abril Paulinhooo! Mentira!
-Agora você vai.
-Como assim? Era mentira!

Comecei a ficar sério, me chamando de burro já. A barriga gelou que parecia ter chupada um pacote de Halls preto inteiro.

-Não gostei da brincadeira. Momento impróprio, coisa séria. Passa no RH.
-Paulinho, era brincadeira, mas tudo bem. Só uma coisa, eu não preciso passar no RH pois meu contrato é com outra empresa.
-Mas você tem que passar pra pegar suas horas e levar pra tua empresa.
-OK.

Saí pensando “Que filho da puta! A mulher deve ter dormido de calças!” Não aceita brincadeira! Se fuder

-Felipe.
-Oi.
-Primeiro de abril

Vai... levei na esportiva. Aquele lugar que não passava uma agulha chegou a assoviar. Entrei no blog e postei isso no post de uma leitora que havia acabado de escrever sobre o assunto. Adivinha a resposta dela pra mim?

-Ha ha ha ha! Se fodeu!

Nem sempre a gente se dá bem né?
Fim do expediente, me vem Paulinho de novo.

-Aê, vai ter um leilão agora no site de Caixa. A diretora financeira vai acompanhar a operadora na sala dela e quero que você esteja lá pra garantir se a internet cair o link de contingência assume na boa.

Duas coisitas: 1 – O leilão é a maior grana. Coisa de milhões.
2 – A diretora é o cão de ruim! Saca O Diabo veste Prada?

De volta a sala, já na hora de ir embora.

-Paulinho, a diretora ta te chamando.
-Correu tudo bem?
-Tava indo. Ganhamos os 2 primeiros. No terceiro e mais alto, a internet travou.
-A contingência rolou legal né?
-Não. Não voltou, e quando voltou haviam batido o lance. Ela quer conversar contigo.
-Felipe, eu programei tudo pra essa contingência entrar.
-Não foi. Ela ta te chamando lá...

Paulinho socou a mesa, soltou um puta que pariu e abriu a porta, indo pelo corredor. Quando chegou lá no fim, quase dobrando pra entrar na diretoria, gritei:

-Paulinho.
-Oi.
-3 coisas! 1° de abril. To indo embora, e a mais importante: O pessoal do RH já foi!
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O Pino da Vila

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Imaginem uma vila, de casas grandes e antigas, só que na vertical, onde vão subindo-se escadas e tem um pátio com umas 3 casas em media cada um. Eu moro numa vila assim. Pra minha sorte, no andar mais alto da vila. Sacam a Vila do Chaves né? Todos já viram Chaves! Lá é igualzinho em relação a comportamento humano. Dei sorte de ter muitas crianças da minha idade na minha infância na vila. Era muita, mas muita criança! Raciocinem, se tem muita criança, tem muita brincadeira, se tem muita brincadeira, tem muita risada, se tem muita risada, tem muito barulho e pra fechar o ciclo, se tem muita criança, dá merda. É fato! Dá merda! Sempre dá merda!

Havia no primeiro andar da vila, um casal. A mulher Brasileira, o homem Italiano. Por coincidência, eu juro que não era implicância, o melhor lugar pra se jogar futebol era no pátio do Pino, o Italiano. Só que o Pino era um saco... reclamava, xingava, zunia as bolas pra longe quando a gente esquecia de guardar. Quanto mais o Pino atrapalhava, mais a molecada zoava. Agora imaginem vocês, aquele menino quieto, carinhoso, na dele, que respeitava os idosos e calava a boca quando o mais velho falava. Imaginaram? Não, esse não era eu. Eu era o capeta.

Uma vez o Pino tentou proibir a gente de jogar. Aí eu sugeri pra molecada não jogar em frente a casa dele, afinal a casa era dele mas o pátio não!

-Vai se fuder Italiano filho da puta! Num tamo jogando na frente da sua casa! Tamo só no pátio ó!

E tome bolada na parede, tome risada e palavrão! Aí o Pino saiu e colocou uns vasos de planta em frente a casa dele, só pra gente não jogar no pátio todo na ausência dele! Viado daquele Italiano. Reuni e molecada, catamos bosta do Pelé, o cachorro preto que andava na vila, ( aliás, redundância falar que o Pelé era preto né? ) e eu taquei dicunforça um monte de bosta na parte de dentro da maçaneta do Pino. Ficamos sentados ali esperando e tals...
Foi um tal do Pino xingar todo mundo com a mão cheia de cocô que a gente perdeu a força pra correr de tanto rir.

Às vezes nem precisava o Pino fazer nada pra gente implicar. Na final da Copa do mundo de 1994, quando o Baggio perdeu o pênalti, eu pulava igual gazela na frente da casa do Pino, que estava quietinho:

-Brasil, Brasil! Tetracampeão! Baggio viado! Italiano é tudo viado!

Gritava e saia correndo!

Teve o ápice da parada. Ta uma vez o Pino puto, andando pra lá e pra cá, mas puto dentro das calças e com a careca toooda arranhada. Dizia ele que foi no sábado de manhã. Acordou e quando arriou na frente da porta de casa pra pegar o Jornal Globo, tacaram um gato na cabeça dele. O Pino disse que ia matar o moleque que fez isso se descobrisse. Anda daqui, anda dali... todo mundo negou. Os moleques todos em fileira.

-Fala molecada! Fala!

Aquela coisa de criança assustada, um olhando pro outro, e eu pensei: Vou tirar o meu da reta.
O Fabinho ria de tudo. Se tu apontasse um cachorro e falasse que o cachorro era verde, o Fabinho ria. Pensei em apontar pro Fábio na esperança que ele começasse a rir e “se condenasse”.

-Sr Pino, eu acho que foi o Fábio, porque o Fábio nem foi jogar futebol de manhã.

Fabinho ficou sério e olhou pra minha cara:

-Tá maluco? Você acha que eu ia jogar o MEU gato na careca do Pino?

Ele deu uma ênfase tão grande em demonstrar que o gato dele era melhor que a cabeça do Italiano e não riu. Me fudi, esqueci que o gato era do Fabinho.

Aponta, acusa, especula e ninguém falou nada. Todo mundo jurou. O gato deve ter caído, sei lá... Que gato descuidado da porra. O Pino finalmente acreditou que devia ter sido um acidente, afinal, éramos crianças, mas não éramos malucos!

Cara, o mais foda é que toda vez que o gato me via, ele dava uma carreira que ninguém conseguia pegar! O porquê eu não sei... Vai saber as lembranças que insistem aparecer na mente felina?

Essa semana eu soube que o Italiano havia morrido. Algum tempo depois que ele se mudou de lá da casa. Foi quando eu já nem mais jogava futebol. Não sei porque ele não falava mais comigo. Deve ser porque passei cocô na maçaneta, quebrei o vidro da janela dele com uma bolada, chamei ele de viado e mandei a Itália tomar no cu quando perdeu pro Brasil, ou o lance do gato... Não sei, deve ser. Mas eu era criança! E ele me pertubava... Tadinho, Pino sofreu na minha mão, mas eu gostava dele. Confesso que com ele, foi enterrado um pedacinho bem gostoso da minha infância.

Mas o gato... não sei porque corria de mim...

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Destruidor de Sonhos

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Lá ao lado da vila que moro tem um prédio, em que morava uma molecada da minha época. Vivíamos ali na frente do prédio durante a noite, jogando sueca, batendo papo e olhando as mulheres passar. Eis que um dia chegou carne nova, e pra um menino de 15, 16, qualquer alcatra de saia parecia picanha! Acho que o nome dela era Elizangela. Acho porque ela nunca foi de dar papo pra gente, nem de parar lá embaixo, então sabia o nome por terceiros, mas eu era louco pelos peitos da Elizangela. Saca aquela imagem do esquilinho do A Era do Gelo, de quando ele vê a noz e abre a boca olhando com olhos arregalados, salivando e caindo pra dentro? Era assim que eu olhava a Elizangela.

Num fim de semana despretensioso desses aí, sabe aqueles fins de semana que você não dá nada? Encontrei a Elizangela numa boate que íamos perto de casa. Pra minha surpresa, trocou algumas palavras comigo e foi hiper gente boa. Perfeito! Vou pegar a Elizangela!

No mesmo prédio, morava o Manollo. O pai do Alex, um amigo nosso de futebol, mais velho, da geração anterior. Manollo era sério, cara fechadona e sempre fingia brigar conosco. Falo fingia porque só sendo adulto (eu sou?) que a gente entende que certos adultos na nossa época eram tão amáveis que brincavam de brabos, e Manollo era um desses.

Um dia, descendo da casa de uma amiga lá do décimo primeiro andar do prédio, o Manollo me entra no décimo. Só eu e ele no elevador, eu sem graça porque ele era “brabo” pacas e Manollo me solta um baita dum peido. Ratátátátá... Juro que saiu assim! Manollo me olhou:

-Tu viu cara? Vai chover! Trovões.

Balancei a cabeça afirmativamente, segurando o riso. Subiu um cheiro ruim da porra, e no sétimo andar o Manollo desceu. Sozinho no elevador, dei aquele riso de canto de boca... No quinto o elevador para novamente. Quem entra? Claro! Claro que quem entraria seria aquele par de seios lindos que eu tava afim né? Óbvio! Vejam se Murphy perderia a oportunidade de apontar pra minha cara e dizer:

-Te fudi guri!

Elizangela entrou, me deu boa noite e baixou a cabeça. Eu juro que não entrei em pânico. O cheiro não havia passado e minha vontade de rir aumentou. Risada presa é aquilo né? Sai mais alta.

Térreo. Antes da prota abrir, Elizangela me olha e diz:

-Cara, além de porco você é palhaço?

Pronto, ali Manollo destruiu meu seios, ops meu sonho de adolescente.

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Se joga.

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Eu admiro as pessoas que se jogam. É bem plausível que as pessoas se preservem e tenham medo em qualquer que seja a situação, até porque o mundo de hoje é cão, mas como vocês que pouco me conhecem lêem, sabem que odeio qualquer coisa em demasia, inclusive o medo. Tudo tem limite, paixão,amor, amizade, e o medo também têm. Não sou o mais intenso dos seres, e to longe de ser, mesmo, mas sempre pago pra ver o que quero, mesmo que me custe lágrimas. Pensando em modo macro, a vida passa muito rápido. É uma piscada de olhos e teu tempo aqui já acabou, e rotina, ócio, medo, são coisas que não me permito além do normal. Deixei um comentário no blog da Tainá ontem, que pensa exatamente como eu penso: É intensa quando se deve. E falei o seguinte:

-Prefiro chorar 500 vezes mais do que quem se poupa, se esconde. Choro mais, e compensação, amo 500 vezes mais, sou amado 500 vezes mais.

Acho que a vida é isso. As coisas mais simples são as que valem mais a pena, mas as mais simples, nem sempre são as mais fáceis. A vida não é fácil. Não me entrego fácil, mas não por não querer, simplesmente por não conseguir me entregar, não conseguir que me despertem essa vontade, mas quando acontece, afirmo a vocês, vou de cabeça. Quebro a cara? Alguém tem duvida? Claro que sim. Mas tudo passa. Nenhuma dor dura pra sempre, ninguém é insubstituível. Só de pensar que você nasceu sem alguém e viveu toda vida sem esse alguém, porque não pode viver novamente? É um belo raciocínio não é? Pra quem é de verdade, não é difícil se levar uma vida com a cara a tapa. Da mesma forma que você corre o risco de se machucar, você vai ficando mais calejado, em saber quem se aproxima por nada ou quem te quer bem, porque vejam bem, se você quebrar a cara, e não tirar nenhuma lição positiva, se mate e consulte o Google. Você é burro e ta apenas passando pela Terra, sobrevivendo, sem viver. Se isso é bom pra você eu não sei, mas eu não me contento. A vida é uma troca, você nunca dá sua lágrima por nada. Nunca. No mínimo se ganha experiência, e cá entre nós, é muito mais valiosa que uma lágrima.

Conheci uma mulher, que largou a família toda, no Paraná, onde tinham uma vida boa, de fazendeiros, e veio sozinha, na cara, e na coragem pro Rio de Janeiro. Veio nova, sem grana, sem amigos ou parentes. Não, ela não montou um império, mas se virou legal. Alguém acredita? Aprontou de monte, quebrou a cara de monte, e não foram poucas as vezes que a vi chorar. Nas vezes que conversávamos eu prestava a atenção atentamente no que ela me explicava:

-Existem pessoas assim, existem pessoas assim e assim. Nesse tempo sozinha, eu me deparei com um monte desse tipo, e tive que aprender. Mas ainda há as coisas com que eu não me deparei. Não tenha medo. Tudo acaba de uma forma. Seu colégio vai acabar, o filme vai acabar, seu emprego vai acabar, sua vida vai acabar. De uma forma ou de outra, acaba.

Incrível como tudo bate, tudo encaixa, tão cascuda de tomar porrada que ela ficou. Levou muita, mas ela se jogava, e ia, e viajava e não se importava com a opinião alheia, porque pra ela, a sua única preocupação era a sua felicidade. Ganhou rótulos, revoltou, brigou e guerreou. A vi mover barreiras que vocês nem tem noção. Se se deu bem ou não, se conseguiu ou não, só ela sabe. Confesso que eu já tive medo: Do bicho-papão, do homem do saco e da alma do queijo assado. (Pra quem não conhece a última, é coisa inventada de uma mãe que não sabia como parar seu filho bagunceiro)

Viver, pra mim ainda é a melhor opção. Por isso eu to afim de me jogar de novo. Viajar, conhecer, desbravar, conquistar. Quebrar a cara, aprender, ganhar e perder. Por que com que autoridade vou chegar pros meus netos, se não tiver vivido e contar:

-Uma vez, a avó de vocês me ensinou: Existem pessoas assim, existem pessoas assim e assim. Nesse tempo sozinha, eu me deparei com um monte desse tipo, e tive que aprender. Mas ainda há as coisas com que eu não me deparei. Não tenha medo. Tudo acaba de uma forma. Seu colégio vai acabar, o filme vai acabar, seu emprego vai acabar, sua vida vai acabar. De uma forma ou de outra, acaba.


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Entre Amigos

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Todos tem um amigo folclórico. O meu se chama Alberes. Aula de fonética, Áu / béh / rês, assim se pronuncia. O Macarrão, um dos apelidos carinhosos do nosso amigo, é magro do tipo faquir, alto, lerdo, orelhudo ao estilo Lima Duarte, branquelo, desengonçado, enfim, engraçadíssimo.

Ele é do tipo ímpar, que mesmo fazendo merda, ninguém da turma consegue ficar puto com ele. Alberes teve váaaaaaaaaarios apelidos adquiridos ao longo da vida, Macarrão, Palmito, Magrelo, Magruço, Cotonete, Magriça, Garça, Pink (Pink e Cérebro) e mais alguns muitos que não lembro, fora os erros de fonética por seu curioso nome: Álbêres, Albêrês, Alberico, Alferes, Alteres e por aí vai. Me lembro no mínimo de duas situações curiosas em relação ao seu nome. A primeira foi na entrada de uma boate. Na entrada havia um daqueles seguranças toscos, um Negão imenso, com cordão de prata que parecia uma corrente e cheio de anéis. Na nossa vez na fila o Negão fala:

-Qual seu nome?
-Alberes.
-O que?
-Alberes.
-Tá de brincadeira?
-Não, to não! É Alberes!
O Negão ficou puto, olhou sério pro Macarrão e disse:
-Mermão, ta de sacanagem com a minha cara?
Em seguida pegou a cartela, escreveu Denis e tacou nos peito do Macarrão.
-Pode entrar.

A outra foi no cinema. Estava eu assistindo Sexo, Amor e Traição (Meu Deus, quanto tempo tem!) e estava com uma gatinha do lado. O telefone dela tocou:

-Oi Mãe! To no cinema
Pausa
-Ah Mãe, ta eu, o Felipe, o Renato, o Junior, as meninas e o Álbêres.
Pausa, mas foi uma pausa mais longa. Imagino que a mãe deve ter falado algo do tipo –O que é Álbêres? Ou então, “Como você anda com um sujeito de nome Álbêres?” pois a resposta da menina foi a seguinte:
-É mãe! O Álbêres! Ele é legal!

Aprontávamos todas e agradeço a Deus o bom coração que o Macarrão tem e toda a sua paciência pra me agüentar os meus gritos no futebol. Ele nunca ligou pra nada, inclusive ria de todos os apelidos que numa época eram tantos, que não queríamos mais que acabassem, então, inventei a língua do éres. Tudo era éres, só pra rimar com o nome dele. Bola virava boléres, mesa meséres, casa caséres e por aí vai. Era o Mundo Alberes.

Andava com a gente na época a Maria, uma moça boa, pernão, peitão, bundão e ela era boa até demais, geral tirava uma casquinha da Maria, e comigo, não foi diferente. Um vez fui pra boate, garotão, época de academia, levei a Maria pro carro e ganhei um boquetinho (vai, pra não ficar vulgar, coloquei no diminutivo). A Maria fazia a nossa alegria!
Na semana seguinte, fui o último a chegar na mesma boate, tive um compromisso anterior e já cheguei bêbado, e a galera que já estava lá não estava diferente. Cheguei, falei com todos e a Maria, que não perdia tempo, estava com outro. Foi uma visão linda, Macarrão e Maria grudadinhos.

Na fila, indo embora, paramos nos três pra conversar, após ele dar um beijo daqueles arranca língua na Maria e não me lembro bem o que disse que ela chegou no meu ouvido e falou algo do boquetinho. Macarrão estava do lado e se ligou, me olhando curioso: Qual foi?
Eu tava tão bêbado, que fui colocar outro apelido nele e troquei as bolas. Falei que ela tinha me pagado um boquetéres na semana anterior.

Macarrão foi ficando verde. Não sabia se limpava a boca, se ria do apelido ou se me xingava. Nunca vi o Macarrão tão confuso com uma zoação.

Cuspiu no chão, estufou o peito, me olhou e disse:

-Filho da puta.


E é isso. Permitam-me apresentar alguns amigos, que andam comigo e me rendem umas situações hilárias que rendem bons posts.
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E vão-se os padrões.

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Todo mundo tem aquele padrão de beleza que te atrai né? Eu me engalfinhei com uma amiga porque ela achou as pernas desse post feias (entenda-se finas) e eu as achei lindas. Questão de gostos, não se discute. A questão é: As coisas mudam. Meu padrão nem sempre foi esse. Houve a época que pernas lindas eram aquelas mais malhadas. Mulher tinha que ter corpão. Mas tudo passa, acredito que não só pra mim, mas pra todo mundo. Todos mudam de concepção conforme a maturidade. Hoje em dia, engraçado de como acho algo bonito e uns amigos retrucam:

-Porra ta maluco?
Aí eu respondo:
-Tu viu a forma que mexe no cabelo? Tu sentiu aquele perfume?

E de repente me peguei vendo outras coisa que não são “beleza” em si, ou seja, não são físicas. Antes eu me preocupava com a espessura das pernas, hoje em dia eu me preocupo com as curvas e o jeito de andar, ou seja, o charme em si, o conjunto. Um caso real, foi o de uma menina que fiquei ano passado, e tooodo mundo achava a menina sem graça. A questão não é que ela fosse linda. Realmente não era. Já fiquei com mais belas. O papo, o perfume, o charme ao andar, a forma de se arrumar, de sorrir... e... as pernas... a forma com que os cabelos se espalham na cama. Puts! Agora, vai colocar na cabeça dos amigos. Se bem que não preciso colocar nada na cabeça de ninguém (humm, ficou dual isso...rs), o gosto é meu e pronto.

O que mudou hoje em dia em mim não é que não precise achar algo belo. Acho papo mentiroso essa história de que beleza interior é o que importa. Porra nenhuma. Pode ser que o quesito beleza mude de uma pessoa pra outra, mas ninguém fica com ninguém que não lhe atraia o mínimo, ou seja, que seja belo aos seus olhos. Tem mulheres que só curtem homens com abdômen de tanquinho, outra de barba, outras de braços fortes, outros curtem mulheres de pernas torneadas (eu), de seios grandes (eu), de cabelos longos (eu), Loiras (eu) e ninfomaníacas (eu), (Pamella Anderson, casa comigo??? Gente essa parte do post foi zoeira...) gosto de cada um.

O fato é que muda ou não com o passar do tempo. Começamos a prestar a atenção em outros fatores que nem olhávamos. Eu era obcecado por loiras, mas uma coisa de louco. Tinha um cabelo amarelo, pronto. Eu casava! Olhos claros então? Putz, seria perfeita... Aí gamei numa morena. E foram os padrões pra casa do caralho.

De fato, a beleza que me põe mesa mudou. E a sua?
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Já viu cachorro cruzando?

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Aquela manhã tinha uma cor especial. Não sei porque. Talvez porque eu estivesse mais velho, ah vai, naquela época ter 18 era ser um “hominho”, e tivesse curtindo mais aquelas reuniões de carnaval. Enfim, não sei. Aquela primeira manhã de sábado, acordou-me com o sol me batendo no rosto. Fui até a varanda, me espreguicei e vi aquele imenso azul infindo, parecia que o céu e o mar da Angra dos Reis eram uma coisa só. Não demorei muito, acordei a galera com sprays de espuma (eu sempre fazia isso) e desci pra encontrar as outras tribos. Sabe né? Carnaval... Você leva a sua galera, seu primo leva a a dele, a sua prima leva a dela e totaliza um quantidade imensa de gente querendo se divertir. E naquele carnaval... ah, a minha prima levou uma “senhora galera”. O que eram as amigas da Cintia? Aos beijos e abraços com os que você não via a muito tempo, nas apresentações Rafaela me chamou a atenção. Ela parecia com a Ana Cláudia, uma menina bonitinha lá da rua que eu moro que nunca me deu idéia. Um amigo comentou:

-Cara, parece a Ana Claudia né?
-Só que mais gostosa.
-Muito mais.

Pegamos uma praia, como sempre naquele clima incrível que só Angra sabia proporcionar. Comemos uns pastéis do Silas. O Silas fazia uns pasteis foda. Camarão, mexilhão, banana com canela... Imaginem à beira-mar.

Subimos ao pôr do Sol, que em Angra é o cão de bonito, tomamos banho e marcamos a hora de nos encontrarmos pra irmos todos pra Monsuaba, um bairrozinho de Angra que rolava um carnaval de rua muito bom e ficava lotado.
Era hora de começar a beber. Rafaela passou com uma batida de coco nas mãos que me pareceu apetitosa, juro que estava pensando na batida e não na Rafaela. Ainda não havia pego intimidades com ela.

-Oi, onde você comprou a batida?
-Ali. Quer que eu te leve?

E pegou minha mão e saiu me arrastando pelo meio do povo. Nunca que chegava a barraca da batida. Quando me vi, estava atrás de um bar, que ficava no inicio da praia e sentia apenas a areia nos meus pés. Rafaela me encostou na parede e começou a me beijar. Juro que não sei de onde ela tirou tanta habilidade. Quando me dei conta, ela estava de costas pra mim, havia aberto meu zíper e não preciso contar o resto. Tudo muito bom, tudo muito bem, era carnaval mas... estava cheio. Não demorou muito reparei uns 5 curiosos “voyerizando” a cena.

-Ih, viram a gente.
-É, viram.
-O que eu faço?
-Tudo. Menos desgrudar de mim.
-Como assim?
-Como assim? Já imaginou o desastre se você dá um passo a frente? Você ta de saia... Tá discreta.
-Então? Vou ficar aqui a vida inteira?
-Cara, tem cachorro em casa?
-Sim. Um casal.
-Então. Faz igual a eles quando terminam de cruzar, mas por favor não sai agora!

Nos prometemos não mais repetir a cena depois de todo o constrangimento, mas foi tão bom, que no dia seguinte invadimos a estação de trem da praia do Anil. Não demorou muito, e uma luz de lanterna iluminou o local, ofuscando meus olhos.

-Levanta.
-Boa noite seu guarda. Não estamos fazendo nada.
-Levanta ela do seu colo agora.

E Rafaela levantou.

Bobo do guarda... demorou demais. Ela já estava vestida.
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Desculpa?

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Pessoal, andei sumido dos blogs essa semana. Foram raros os momentos que pude comentar. Acontece que na consultoria em que trabalho, fora meu emprego regular, peguei um vírus muito foda que parou a empresa... Pra ser mais exato to trabalhando até agora, sempre dobrando, de manhã em um, a noite em outro. O que me rendeu um belo porre na noite de sexta pra relaxar, que vale muuuito contar aqui! Enfim, sorry sorry!


Outra coisa são os selos! Todos que ganhei estão guardados! Acontece que ficam muitos e uma hora fica confuso até nos slides. Estou fazendo uma página só pra eles com os devidos nomes e links de quem me passou, e como tenho que dividir o tempo entre postar, comentar e a página, vou fazendo bem devagar. Mas podem aguardar que ela chega!


Ah, em tempo... conseguí tirar o miserável daqui! Quem tiver problemas algum dia com o WIN32.Dundun.5002 pode falar comigo... é bem chatinho.


Fui, espero amanhã voltar com tudo ao normal.
Tem culpa eu?
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Já deu hoje?

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Alice diz: Dia do blogueiro hoje, tu sabe?
- Felipe - diz:
uaishaius
Alice diz: tu não sabe não? nem sabia que existia isso
- Felipe - diz: vi hoje no blog mas não sabia...
Alice diz:
acho que ninguem sabe. É igual fofoca, começou por um e agora todo mundo acha que é. Tipo hj um doido acordou dizendo que ia ser dia do blogueiro deu feliz dia do blogueiro p um, esse um deu pra outro
- Felipe - diz:
eu acho q essa porra eh mentira mas....
Alice diz:
e saiu todo mundo dando hahahaha Já pensou uns 5 dias do blogueiro daqui até o final do ano?
- Felipe - diz: eu nao sai dando nao Alice, tu deu?
Alice diz:
nem... dei nada
- Felipe - diz:
hoje é sexta, ta em tempo!
Alice diz:
poutz ahhhhhhhhhhhh me mata. Em tempo de que cara?
- Felipe - diz: de dar
Alice diz: pqp pqp pqp pqp vai se fuder Felipe, hj nem vai dar
- Felipe - diz:
Hum... seu namorado não é blogueiro então. Entendi.


Pessoas, não sei se é verdade, mas se for, Feliz dia do Blogueiro!
Vocês já deram hoje?
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Um toque de autenticidade.

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Não que Clodovil fosse a melhor pessoa do mundo e unanimidade, até porque, ninguém é. Não que eu o admirasse por todas as suas atitudes e fosse fanzoca, porque não era. Seria aquela coisa de escrever algo de bom sobre alguém que morreu (geral faz isso) e não é essa a intenção. Eu gostava do Clô... sim. Achava o cara homem com H maiúsculo. Sabia um pouquinho da história dele que foi bem sofrida, mas ainda não era por isso. Gostava do Clô por sua autenticidade. Da mesma forma que gosto do Romário, Arnaldo Jabour e Derci Gonçalves. Clodovil tinha sim um “Q” de quizumbeiro, o que nunca foi novidade pra ninguém. Enfim, qualidades e defeitos à parte, eu curtia a sua originalidade, o tipo que dá a cara a tapa sem medo da resposta.

Não são todos que falam o que pensam na mídia e depois sustentam sua posição, e Clodovil era um desses.


Quem me lê já deve ter visto uma frase que cito do Che, que diz: “Não concordo com o que dizes. Mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo”. Ela se encaixa perfeitamente com Clodovil. Não curto e nem aceito tudo que todo mundo fala. Acho que todos tem direito de serem polêmicos, de esquerda, de direita, canalhas, legais e etc, mas que mantenham a sua única cara. Clodovil só tinha uma. Nunca aprovei todas as atitudes do cara, mas a forma com que ele falava e expunha seus pensamentos era algo admirável. Meteu as caras, num país preconceituoso como infelizmente ainda é o nosso, processou quem devia e quem não devia, foi eleito deputado.

Morreu, cheio de desafetos, dividas e ainda assim, deixou em testamento tudo que tem a receber dos seus processos (cerca de 1.6 milhoes) para uma instituição de caridade. Nada pra amigos, nada pros mais chegados. Assim era Clodovil. Que agora os Santos vão ficar mais fashions, ah, isso vão... Quem sabe Clô não troca as chuvas de alagamentos por porpurina?


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Escolhe.

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Chocolate ou Chantilly?




Vai, escolhe...

Agora!

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Respeito é bom, pernas de mulher também.

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Respeito é algo a se combinar entre as pessoas, isso é básico. De repente o que pra uma é desrespeitoso, pra outra gera gargalhadas. Sabem essas brincadeiras de você oferecer sorvete e sujar a ponta do nariz da outra pessoa? Geralmente entre casais e tal... Eu sempre achei maneira. A mulher com a pontinha do nariz suja de sorvete, sorrindo e te xingando: -Em casa você me paga! Um charme! Fui fazer uma vez com minha ex noiva, pra nunca mais! A mulé quase me bateu e socou a casquinha dela por dentro do meu nariz! Sério! O que pra umas gerava brincadeira, uns afagos, pra outra quase resultou em porradaria.

Enfim, mas todos sabemos, ou deveríamos saber o trivial no que se diz respeito entre pessoas. Acontece que rola uma hipocrisia tamanha quando o assunto é esse ( eu disse que quebrar o pescoço pra olhar mulher na rua rendia um post ). As mulheres falam e falam, acusam e acusam os homens de não poderem ver um rabo de saia. É verdade. Eu olho todas e mais um pouco quando to na rua. Afinal, olhar não arranca pedaços, não desrespeita. Vejam bem, olhar! Eu olho, me viro e olho de novo. E só! Não canto, não jogo aquelas cantadas de pedreiro que mulher odeia e nem puxo pelo braço. Eu olho.
Agora, sinceridade de vocês; Quem não olha? Que mulher vai querer me enganar que quando passa no meio da rua um homem bonito que atraia vocês, não olham? Uma pi*a que não olham! E na real, eu nunca me incomodei com isso. Sei que todo mundo olha, é instintivo.

Não acho mesmo falta de respeito uma namorada minha olhar pra um cara na rua. Agora, tem os poréns né? Não vou fazer isso na presença dela e nem admitir que faça na minha. Tu estar acompanhado e comendo outro(a) com os olhos, é no mínimo desrespeito. Falo isso pelo básico, sem entrar no mérito dos casais que levam relacionamento aberto hoje em dia e combinam o que as partes podem fazer. Falo até tirando o respeito, pela questão do ego. Pensa como você se sentiria ao lado de alguém que ta olhando outra pessoa? No mínimo, menos atraente. Como pra mim a melhor mulher do mundo fora a Liv Tyler é sempre a que ta do meu lado, então eu não olho.

Assim caminha a humanidade... acho que por esse cárcere que todos insistem em impor, dando a falsa idéia de que namoro é uma prisão e esquecendo que cada um é cada um, e precisa de liberdade e privacidade, que as pessoas cada vez mais fogem de relacionamentos sérios. Pra mim respeito vai bem mais além de colocar antolhos em alguém pra não olhar o que é bonito na rua. Enquanto eu não tiver magoando, machucando ou desrespeitando ninguém, continuarei olhando todas as mulheres na rua. Afinal, as pernas de vocês ficam lindas de saia e salto alto. As panturrilhas então... Meu Deus.

Respeito é bom, pernas de mulher também. E gosto dos dois.
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Sucesso da Simplicidade - Tá na cara...

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A fama às vezes me parece meio óbvia. Ganhar dinheiro aqui no Brasil é uma questão tão, tão fácil que só a minoria enxerga. Igual a aquele namoro da sua melhor amiga que ta uma merda e ela é a única que não enxerga. Todo mundo vê, até o cachorro já passou a rosnar quando o canalha vai pega-la em casa, mas ela continua firme e forte.

A coisa fica “tão” na nossa cara, que nunca vemos. A gente sempre acha que precisa de uma grande idéia, uma mirabolante e complexa formula pra fazer a caixa encher de cifrões do Tio Patinhas. A gente esquece do simples, sempre. Eu esqueço (ou vinha esquecendo... mas eu vou ganhar dinheiro!rs) também. As pessoas são meio que padronizadas em relação a desejos. Acho que se encaixam quatro categorias, me corrijam se esqueci alguma, e aí sim, dentro dessas é que a gente se diferencia do João, da Maria, da Flávia, do Ricardo e por aí vai. Todo mundo quer a mesma coisa. Essa “felicidade” geral é mais que óbvia.

Quem não quer as seguintes coisas: Um amor adolescente, grana, uma boa família e saúde? Geral, inclusive eu, que falei a pouco de burguesinhas, queria ter uma pancada de grana sobrando pra pode me livrar dos meus bastardos usuários da empresa.

Ontem, Fundição Progresso L-O-T-A-D-A! Show do Rappa. Parecia uma seita. Era muita gente gritando antes de Falcão e Cia entrarem no palco. Como eles menos denominam, a Fundição é o Maracanã do Rappa. Já eram 3 da manhã, quando eles já haviam cantado muitas e Falcão no intervalo soltou mais ou menos assim: -Mesmo diante de toda tecnologia, de todo avanço e todos os formatos é isso que faz a gente (apontando pra platéia). Porque pode ter pirataria, ou vou mais longe, até mesmo MP3, porgramas pra conseguir musica livre, sem custo, sem pagar, não há como controlar, então, a gente lota a fundição, porque o Rappa é isso. O Rappa é livre, as musicas podem vazar, os fãs nunca.

Bati palmas pra pacas. Uma que eu já estava bêbado, outra que o cara foi inteligente pra caralho na declaração. Aí vai, eu, bêbado, no meio da maior galera pulando, analisar aquilo ali (coisa de doente né?). Porque as mulheres acham o Falcão foda? Porque o cara só pega modelo, tem grana, sucesso e fãs? Cara, pior que é simples. Só bêbado pra ver! O cara toca o que o povo precisa (com muito talento diga-se de passagem). Por isso a massa incendeia, levanta as mãos pro céu, olha e canta. O povo canta o povo. É assim que rola... Depois, ainda fiquei me perguntando quando ouvi “o som das crianças brincando nas ruas como se fosse um quintal. A cerveja gelada na esquina, como se espantasse o mal” porque havia lembrado do meu amor adolescente. Sempre meio óbvio... A voz do povo é voz de Deus. As coisas simples sempre serão as coisas simples.

Amor
Considerando
A gente como fruto
De algo maior
Maior do que tudo
A gente começa então
A entender que não, que não
Que não seria um absurdo...

Condição Social
hey joe
onde é que você vai
com essa arma aí na mão
hey joe
esse não é o atalho
pra sair dessa condição

Religião
Vou me benzer
Vou orar
Vou agradecer
Vou me rezar

Precisa Detalhar?
Brindo a casa
Brindo a vida
Meus amores
Minha família...
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A meia luz.

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Tá, vamos lá... vamos ver se consigo ser bem simplista! Não é merchan, sei daquela teoria da psicologia reversa mas não se trata disso! Juro que não! Pra infelicidade e azar de vocês, a pessoa que vos escreve tanto aqui tem a vida amorosa fudida!rs É seríssimo!

Não, não to desesperado, sofrendo, esperando alguém ou coisa assim. Meu coração sofre, (óbvio que sofre, como o de todos vocês) mas é bem dificil de acontecer. Digamos que eu me apaixonar é algo como avistar um cometa. Eu de maneira nenhuma me fecho pra isso acontecer, apenas não acontece fácil, e na ultima vez em que aconteceu e não deu certo, confesso que sofri muito menos do que eu esperava. Algo como um findi na deprê e depois vamos viver... Nunca, nunca adio uma dor. Eu curto meu luto pelo que quer que seja até o fim, porque não acho legal mascarar nada. Então pessoas, quanto as perguntas sobre: Pô você é real? Você pensa assim?

Sim, sou real, tão real quanto vocês e pra ser mais sincero, acho que tenho mais defeitos do que qualidades. Talvez as qualidades que eu possua sejam apreciadas nessa “jungle” montada aí fora no que se diz respeito a relacionamentos. Ou quer saber? Talvez eu nem tenha essas qualidades sacou? Talvez seja só mesmo experiência. Cada texto que posto aqui, com certeza é sobre algo que vivi, senti na pele ou presenciei. E quem não tira uma lição boa de cada fato, mesmo que ele tenha sido ruim, da própria vida, pra mim sobrevive, apenas vê a vida passar. Então, sou real. Muita coisa aprendi na pancada e muita coisa aprendi errando. Já tive todas as fases que vocês possam imaginar. Já fui rato de academia, já fui namoradinho meloso, já fui o galinha garanhão, já fui o CDF, já fui atleta, já fui desleixado e por aí vai... assim como cada um de vocês já foram alguma coisa em cada fase da vida. Eu poderia aqui, sem brincadeira mesmo, citar uma lista de defeitos pra vocês, acontece que eu vejo tanta gente exaltando defeito, tanto sensacionalismo em cima defeito, tanta tragédia no dia a dia, que porra; Do que que interessa a vocês saber que eu sou desbocado pra cacete, que tenho uma capacidade imensa de ignorar ou que posso ser mais frio que todos vocês juntos ou ainda mais teimoso que uma mula? Você não vê na TV minissérie sobre Ghandi, Mandela ou Madre Teresa. Tu vê Jane e June, vê Maysa, vê intrigas de Big Brother. Então, me apego ao agradável... só isso. Não fantasio nada... se eu posto que não engano mulher pra ir pra cama, é porque não acho isso legal. Agora se, faço sexo por sexo? Cara, sou homem. Se aparecer uma mulher querendo matar o tesão e for muito bem esclarecido que é só aquilo e pronto: Vamos pra cama filha! Ser felizes! Como já disse, não sou o mínimo machista. Homem tem tesão, mulher também. Sobre, os textos, é apenas uma opinião, uma visão, que dou sorte de vocês concordarem, mas não é nenhuma receita de bolo. Cada um é cada um, e como disse, muita coisa eu vi e revi errando. Já inclusive machuquei e já fui machucado.

O post em que digo que olhei a Loira gostosa em frente a loja de TV, rendeu também um certo espanto. Mais uma vez... sou homem e chego a quebrar o pescoço quando passa uma mulher do tipo “gostosa”. Quem anda comigo na hora do almoço aqui no shopping chega a rir. (isso dá até um outro post sobre respeito...)

Como vocês puderam observar então, sou real igual a todos os outros. Sou inclusive, safado declarado. Diferente de ser galinha. Usar de artifícios, máscaras, mentiras ou qualquer outro tipo com outras pessoas não é a minha vibe. To noutra e quer saber? Ganho muito mais assim... Enfim, to eu aí, a meia luz, real, e tão real que eu acho que 90% de vocês não agüentariam meu gênio...
Mas não precisam fugir. Eu juro que não mordo... Mas às vezes eu minto!(risada de canto de boca, baixando a cabeça e fazendo cara de “Pode acreditar em mim...”)

Bom fim de semana! Fui...



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Burguesinhas

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Hoje foi dia de dentista... Eu sempre acordo disposto nesses dias, mesmo que seja uma hora e meia mais cedo. Talvez seja porque a minha dentista além de gostosa, linda e loira é inteligente eu queira tirar logo esse bendito desse aparelho. Esses dias me perguntaram a quanto tempo uso. Juro que fiquei sem saber o que responder:

-Cara, sei lá, acho que desde que me conheço por gente. Devo ter arranhado minha mãe com ele quando nasci.

É tanto tempo, que acho que ele vai querer agarrar no meu pescoço o dia que for tirá-lo.

No consultório, esperando minha vez, prestando a atenção na TV, vendo Mais Você, com a Hebe... ou Ana Maria, tanto faz. Acho os dois programas ruins, elas riem igual e por aí vai. Confesso que gosto mais da Hebe porque ela é safadinha, mas isso não vem ao caso.

A chamada da reportagem foi “Burguesinha”. Quem nunca ouviu a música do Seu Jorge? O repórter saiu por Ipanema, aqui no Rio, perguntando as meninas se se achavam Burguesinhas. Cara, que vontade de dar uma porrada “dicunforça” naquelas mulé! O pior que tava arriscado a elas gamarem. Não sei se alguém viu as peças raras que concederam a entrevista. As mulheres pareciam um carro alegórico, sorrindo, tentando cantar a música, com aquela voz de Barbie que perdeu a virgindade. E na cabeça? Nada.

Ok Ok. Homem gosta de mulher gostosa. Fato. Agora dependendo de onde você “encontre” seu homem, esse padrão de gostosa varia né? Convenhamos.

Pra mim mulher gostosa tem que ser charmosa. Começando por aí. E simpática. A mulher de verdade, que sabe pegar um homem de jeito, não precisa malhar o dia inteiro. Ela sabe a roupa que fica charmosa, sabe a altura do salto que usa, o comprimento da saia que seja provocativo e não vulgar e ponto final. É vaidosa, porque a maioria das mulheres é, mas também rola “malhar” o cérebro.

Mulher gostosa não precisa tem a bunda dura igual pedra, e na real, nem precisam ficar neuróticas com isso, embora não adiante falar pra vocês. Acho um charme quando levantam de calcinha, se olham no espelho e dizem: -Ai, to com celulite! Me dá vontade de rir. Sério! A mulher ta lá, lindíssima, um charme que dá vontade de você apoiar a cabeça no travesseiro e ficar olhando por horas e te interrompe pra dizer que ta com celulite... é impossível não sorrir.

Mulher gostosa é mulher cheirosa, não de perfume, aquela de pele entende? Que passa aquele creme suave na hora de dormir que a pele já se acostumou aquele cheiro. Os cabelos e as olheiras ao acordar? Todos tem vai... Vocês ficam lindas ao se espreguiçar pela manhã, na cama, enroladas nos lençóis.

Mulher gostosa não precisa andar cheia de jóias, parecendo uma árvore de natal, as que andam básicas, de jeans, blusa branca e salto básico me arrancam suspiros. Mulher gostosa sabe conversar sobre um livro, opinar nos teus assuntos, te acompanhar num filme, e não ficar falando apenas de academia, personal ou naquela liquidação da loja de marca mais cara do shopping.

(Uma pausa. Vou almoçar!)

(voltei do almoço... Lembrei de um episódio, em que uma ex não sei o que minha, dizia no Orkut: Primeiro encontro ideal – Na livraria, na seção de livros estrangeiros. Hello Stranger... Fui à Saraiva, que mulher linda que estava tomando café. Apreciava o livro, mexia no cabelo, colocava creme no café... voltando ao foco!)

Enfim, mulher gostosa sabe ser gostosa. É aquela que chama mais a atenção, mesmo com toda discrição. Te tira do centro ao falar, sorri daquele jeito que te encanta e te deixa maluco com a forma com que mexe nos cabelos.

Podem até haver as burguesinhas, que malham o dia inteiro, esteticista, cabeleireiro, vida de artista, mas esse tipo nem me atraí, e com os inúmeros amigos homens, que andam na ngiht eu digo, elas conquistam um certo tipo de público masculino que na maioria das vezes as exibem como troféus. Enfim, ainda em tempo. Cada um, cada um.

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Pessoas,

Seguinte, tem uma nova pessoa no blog, até porque o tempo é bem curto e eu tô estudando pra uma prova pica. Uma opinião feminina seja lá que assunto for nunca cai mal né? Eu só falo de mulher, então agora tem uma mulher pra falar de homem. Mas nem se assutem, o foco do blog vai continuar o mesmo e eu quero me dedicar a escrever mais crônicas, como as do Nego Francisco que vocês leram, pois é o que mais me agrada. Deixa essa parte de Elas x Eles pra Tynna, que é bem rodada, pronto, falei porque minha vida amorosa sempre foi fudida (como disse a vocês no post em que me espantei como o blog cresceu) e continua uma piada. Aliás, quem quiser alugar uma barriga, fala comigo. Quero ter um moleque não muito velho, pra dar tempo de curti-lo bastante.

Tratem bem a nossa nova companheira!rs

Beijos
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Mais do Nego.

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Eu esperava que fosse só um conto, que a única que se atrevesse a perguntar fosse a Chila, que me conhece pessoalmente e tem esse apelido como abreviação de Chinchila, pois nunca vi bicho mais hiperativo e curioso. Só a Chila perguntar é normal, ela pergunta tudo, mas a maioria perguntou.

Queria dar idéia de uma crônica, mas acho que exagerei em despertar curiosidade mais que o necessário. Tenho que falar mais do Nego então. Pra ser justo com vocês, e com ele.

O Nego era calmo, bem passivo. Não arrumava encrenca e andava com os chinelos arrastando no chão. Não pensem que Nego se arrumava. Arrumava não... Nego Francisco andava largado. Bermuda jeans desfiada, havaianas (acho até que foi o Nego que lançou a moda) e blusa pólo. Lembro que o Nego tinha uma que não tirava: Azul escuro e rosa. Era listrada! Só o Nego pra usar uma coisa daquelas. Acho que o Nego devia ter 1,78 de altura, pernas arcadas, olhar firme apesar da paz, mãos grandes e grossas, cabelo baixinho. O cabelo era sempre baixinho. Deixa ver se me lembro mais...

Ah, Nego Francisco usava bigode. Um bigode de respeito! Apesar de todo o carisma, o Nego era discreto, acreditem se quiser, ou tentava ser. Uma vez descobriram que o Nego tinha mais 2 filhos fora do casamento! Não sei se era verdade, mas andava tanta mulher atrás do Nego... Nego Francisco nunca foi escrachado. Acho até que era mineiro entende? Comia quieto... Mas quem prestasse a atenção, via o mulheril cantando o Nego. E era só mulherão, do tamanho de Nego Francisco. Pra quem está tentando imaginar, o Nego não tinha um físico daqueles de atleta não. Era sarado, do tipo magro, sem barriga, mas sem músculos além do normal. O carnaval era a época preferida dele: Aquela Avenida Presidente Vargas ficava pequena. Nego adorava comer churrasquinho no espeto e salsichão nos dias de folia. Pra fixar mais ainda na cabeça de vocês, o Nego Francisco olhava tudo, tudo que era mulher que passasse na rua! Acho que era no que o Nego era mais ligado, porque em outras coisas, confesso que o Nego era meio avoado.

Uma vez rolou um assalto lá na rua, e teve até corre corre. Era de manhã de domingo, o povo dormindo e pro azar do ladrão, o Nego tava chegando. Não lembro se era da farra ou do trabalho, na verdade tanto faz, porque o Nego era da noite. O bendito do indivíduo se escondeu numa casa com os moradores dentro. Pânico pra lá, pânico pra cá. O Nego invadiu a casa! Parecia a torcida do Flamengo gritando em gol de final de Brasileiro. Ah, como bom sujeito que era, Nego Francisco era Flamenguista. Acho que os gritos inspiraram o Nego, porque nem querer saber de arma ele quis. Só vimos ele sair com o sujeito agarrando pelo nuca, igual cachorro. Depois de muito bafafá, o Nego descobriu que o cara não tava armado e não ia roubar. O cara tava fugindo de alguém que não era a polícia. Boa pessoa que o Nego era... Deu uns sopapos no cara, mandou ele não voltar lá, mas falou pra ele correr pra se salvar, sem nem saber o que era.

Os fins de domingo do Nego eram na pracinha em frente a rua, aquela que tinha um trailler que vendia cachaça. O Nego sempre andava de pileque! Nego sentava a mesa e demorava a voltar pra casa, mas não porque queria... é que ninguém ganhava o Nego Francisco no jogo de damas. E sem perder, o Nego não ia embora. A molecada se amarrava em rir quando o jogo tava ganho, e o Nego olhava pro seu adversário e vacilava por querer. Dizia ele: -Tô te dando uma colher de chá parceiro.

Foi nessa mesma praça a última vez que vi o Nego. Nosso último diálogo. A última palavra que Nego me disse foi: Parceiro.

Estava indo pro Colégio e o Nego tava sentado. Sentei do lado e perguntei se estava tudo bem. Nego Francisco não respondeu. Ficou ali parado, imóvel olhando todo o bairro, olhando a rua, de frente, que ficava silenciosa na segunda. Olhando os bares que ele tanto andou. Eu acho que Nego Francisco olhava mas não via. Sabe aquele olhar distante? Em transe? Nego continuou calado olhando até que eu quebrasse o silêncio.

-Nego, vou estudar.
-Vai com Deus Parceiro.

O dia que eu encontrar com o Nego novamente, eu conto a ele que sua história agradou tanta gente. Com certeza vou ouvir aquela sua gargalhada estrondosa de novo. Mas isso só um dia... Não agora.

Dizer que tudo isso é um conto, seria matar o Nego novamente.
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O Sorriso do Nego Francisco - Blogagem Coletiva - Inclusão Social

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O Nego Francisco era um cara legal. Daquele tipo boa praça, bom sujeito. Malandro, nunca foi preso a toa. Nego Francisco ensurdecia o povo com sua gargalhada nas tardes de domingo ao tomar sua cerveja naquele bar do Zé, ali na esquina, pertinho de casa. Sabe? O bar do Zé, onde têm cerveja, coxinha de galinha, petiscos e muita mulher em volta. E assim se divertia Nego Francisco.

O Nego era cheio de amigos, andava rodeado, e quando pintava lá no Zé, era motivo pra festa, porque aquele Nego enchia a mesa de gente. E tome descer cerveja, e tome pedir tira gosto, e tome ibope e dinheiro pra conta do Zé. Nego Francisco fumava, sempre tinha cigarros no bolso, o seu Hollywood, e não negava a ninguém quando lhe pediam. O Nego era tão gente boa que fazia questão de acender o cigarro.

O Nego tinha carisma. Sabe desses de riso fácil? Dos dentes mais brancos que cor de nuvem de algodão doce no céu azul de domingo. Todo mundo andava na aba do Nego. Ah, eu via todo mundo circulando em volta daquele bom malandro, e via o Nego feliz por ter ibope, se sentia respeitado, querido. E quem não se sentiria? Quem não ficaria feliz?

Na pelada de fim de ano lá do bairro, foi uma rua contra a outra. Aquelas coisas de bairro sabe? O Nego tava bebendo no bar e a sua rua estava perdendo de 2 x 0. O dono da quadra mandou o Espoleta, o moleque que limpava o carro dos bacanas no dia de semana, ir correndo chamar Nego Francisco. E o Nego tava com 3 mulatas na mesa. Aquele Nego gostava!


-Ô Nego, tamo perdenu!
-Tá bom meu querido. Pedi um refrigerante pro Zé, e vamo comigo pro campo.

E o Nego comeu a bola, virou o jogo, e comeu mais algumas coisas depois da partida.

Aí Nego ficou esquisito. Sem disposição, sem vontade e ficou fraco. E a cara do Nego não foi nada boa depois que o Seu Dotor deu o diagnóstico.

-HIV Francisco. Infelizmente.

Mas o Nego não se deu por vencido. Não seria o fim. Ele tinha o bar, tinha trabalho, tinha os amigos e tinha a pelada do fim de semana.

Mas o Nego emagreceu mais,e não conseguia mais trabalhar, e ficou sem dinheiro. E ficou sem cerveja. Um dia o Zé negou uma cerveja pro Nego, e pediu pra ele ir embora do bar. E proibiram o Nego de jogar futebol. E o Nego pediu cigarro uma vez passando na rua, e negaram cigarro pro Nego. Logo o cigarro. E Nego Francisco havia perdido o bar, o trabalho, o futebol, dinheiro, cigarro e os amigos. E enfim, o Nego perdeu o sorriso. Triste foi o dia que o Nego Francisco perdeu o sorriso. Naquele dia o bairro ficou mais feio, mais triste.

Num dia qualquer desses de abril, o Nego foi embora. Foi triste a ida do Nego.

Falaram que o Nego morreu de Aids, mas eu não acredito. O Nego não morreu de Aids não. Nego Francisco perdeu sua vida antes de partir.
O Nego morreu mesmo foi de desgosto, preconceito. Porque naqueles dias que vi o Nego de cabeça baixa, a sua única companheira foi a solidão.

Para todas as pessoas que precisam ou não se conscientizar que o preconceito e a solidão matam antes de qualquer doença. Preconceito é o pior dos crimes, pois não fere a carne. O Preconceito mata a alma. Inclusão social é isso. É nunca deixar de tratar qualquer pessoa como pessoa. Qualquer semelhante como igual.
Um conhecido nosso, aliás, muito conhecido, deixou uma mensagem bem sutil em uma de suas músicas que diz o seguinte:

“Digam o que disserem, o mal do século é a solidão.” – Renato Russo.

Felipe Mafra - 09/03/2009


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Porque é tudo por vocês. Mulheres.

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Como seria sem o seu perfume pela manhã?
Que me desperta de um dia comum.
Sem suas lindas pernas?
Que pisam imponentes, torneadas, em cima de saltos,
em baixo de saias, que me transportam daqui, que me tiram de mim.
Que me fazem perder a atenção nas demais coisas.

Quando me desconcentro no meio dos teus decotes,
imaginando a textura aveludada da tua pele.

Ficaria sem graça.
E não teria sentido haver vento,
sem teus cabelos longos para balançar.

Não haveria sentido andar as ruas,
sem a expectativa de ganhar um olhar,
Teu.

Porque é só por vocês,
que muitos de nós querem muitas.
Que muitos de nós querem apenas uma.
Todas especiais, ao seu jeito.

Uma homenagem justa,
à todas vocês,
mães, avós, namoradas, amantes, esposas,
Mulheres.
As únicas que conseguem nos tirar do sério.
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O amor de Totó

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O velho operador de cinema, Alfredo, criou Totó. O coroinha de uma cidade Italiana do interior.

Apesar de nenhum parentesco, era com Alfredo que Totó se sentia à vontade.

Totó tinha vida. Era curioso, maroto. Aprontava e deixava os cabelos do jovem senhor cada vez mais brancos.

E na curiosidade de descobrir os encantos femininos, Totó cresceu e se apaixonou. Amores impossíveis.

E Alfredo lhe contou:

-Totó, conheci um homem, que para conquistar sua amada, a prometeu passar 100 noites embaixo da sua janela, esperando-a. E ele ficou, debaixo de chuva, com frio, com vento. E todos os dias sua amada aparecia na janela, o olhava e entrava novamente. No centésimo dia, o homem não apareceu. Foi embora.

E Totó disse a Alfredo que não entendia aquela atitude, que lhe parecia burrice. histórias de cinema da época. A desistência a um dia de conquistar a amada.


-Querido Totó, quando passares por isso, irá entender.

E Totó, como forma de conquistar sua amada, prometeu 100 noites embaixo de sua janela. Ficou embaixo de chuva, ventos fortes, neve e frio.
A cada vez que a janela estava aberta e a luz acesa, Totó sorria. Porém, na centésima noite Totó não apareceu.



Você não entendeu né?
Quando passar algo assim, entenderá,
Como Alfredo,
Como Totó
Como eu...

Ps. Essa história aconteceu num trecho do marvilhoso filme Italiano, Cinema Paradíso, mas o texto é meu.
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