O amor de Totó

O velho operador de cinema, Alfredo, criou Totó. O coroinha de uma cidade Italiana do interior.

Apesar de nenhum parentesco, era com Alfredo que Totó se sentia à vontade.

Totó tinha vida. Era curioso, maroto. Aprontava e deixava os cabelos do jovem senhor cada vez mais brancos.

E na curiosidade de descobrir os encantos femininos, Totó cresceu e se apaixonou. Amores impossíveis.

E Alfredo lhe contou:

-Totó, conheci um homem, que para conquistar sua amada, a prometeu passar 100 noites embaixo da sua janela, esperando-a. E ele ficou, debaixo de chuva, com frio, com vento. E todos os dias sua amada aparecia na janela, o olhava e entrava novamente. No centésimo dia, o homem não apareceu. Foi embora.

E Totó disse a Alfredo que não entendia aquela atitude, que lhe parecia burrice. histórias de cinema da época. A desistência a um dia de conquistar a amada.


-Querido Totó, quando passares por isso, irá entender.

E Totó, como forma de conquistar sua amada, prometeu 100 noites embaixo de sua janela. Ficou embaixo de chuva, ventos fortes, neve e frio.
A cada vez que a janela estava aberta e a luz acesa, Totó sorria. Porém, na centésima noite Totó não apareceu.



Você não entendeu né?
Quando passar algo assim, entenderá,
Como Alfredo,
Como Totó
Como eu...

Ps. Essa história aconteceu num trecho do marvilhoso filme Italiano, Cinema Paradíso, mas o texto é meu.

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