Cara, ser gente grande definitivamente não é nada fácil. É busca pelo par ideal (nunca perfeito), é o amigo que fica de ligar e não liga, é monografia, conta de água, luz sem contar a de telefone, o bolo da namorada, a briga com o pai, o irmão chato e cuidar da mãe. Que saudades do tempo de menino, onde minha preocupação era não perder a hora do colégio pois sempre chegava atrasado quando Transformers era o último desenho do Show da Xuxa. A nostalgia impera. Era futebol em frente de casa, ouvindo as clássicas músicas da Legião, Suzane Vega, George Michael e salve a rádio Transamérica (volta e meia meu irmão mudava pra Rádio Cidade). Sempre fui o atentado sonso. Aprontava as piores e ninguém dava conta que era eu. Lembro de um "causo" no colégio... (aliás, posso bater no peito quanto a isso! Estudei onde eu quis estudar.) Havia a Tati. A Tati era a gordinha da turma... Época de Pogoball, começamos a chamar a Tati de Tatiball. Combinávamos todos "Quando a Tati for ao banheiro que voltar e sentar, geral levanta junto e fala: -Buuuuuuuuuuuuuuum" e por várias vezes seguiu-se o combinado. Tati ia ao banheiro e quando voltava e sentava todos levantavam soltando um sonoro buuuuuuuum e fazia parecer um terremoto (tadinha da Tati). Um dia cheguei mais atentado como de costume e a Bianca estava enchendo o saco. A Tati saiu e todo mundo combinou a mesma coisa. Era aula de matemática e a professora Fátima era phoda de braba! Todos rindo, muito buxixo esperando a Tati chegar e eu descombinei de levantar com todos, menos com a Bianca. A Tati entrou, olhou pra sala já com sangue nos olhos já esperando todos levantarem, bastou apenas ameaçar sentar e só e somente, unicamente, only a Bianca levantou... –Buuuuuuuuuuuuuum! Sozinha, ali, gritando bum, no meio da sala, com a Tati e a carrasca de matemática olhando pra cara dela. A parte seguinte já não foi mais engraçada... Eu judiava do lixeiro fanho que pegava o lixo na vila. Uma vez armei uma engenhoca na chuva que quando ele passasse arrebentaria uma linha e cairia uma garrafa de plástico meio cheia de água. O coitado na chuva com um sacão de lixo gritando: -Um ambá, um ambá, um ato! Que seres eram aqueles? Na vila havia um matagal abarrotado de gambás e ratos. Foram várias vidraças quebradas com a bola, várias brincadeiras de salada mixta com a filha da vizinha, vários ralados no joelho de correr atrás de cachorro. O Italiano que implicava com nosso jogo de futebol sofria... uma vez chegou em casa e me acusou de ter passado caca de cachorro na maçaneta dele! Que absurdo! Eu, definitivamente (mais uma vez) tive infância, e das melhores.
Passamos dessa fase sem sabermos o quanto ela é importante, e nos damos conta, quando somos adultos que sonhamos com coisas que não tem o mínimo valor comparado a esses fatos. Na realidade, já estávamos ali, no mundo do faz de conta, onde éramos quem quiséssemos ser: Eu fui He-man, Changeman Grifon, LioMan, Jiraya, O B.A do Esquadrão Classe A (quem lembra dessa?) e nos campos da rua eu nem conto a vocês... já fui Bebeto, Dunga, Mancuso (nota-se meu estilo Orgo desde pequeno...) e até Romário. O mundo dos sonhos sempre foi nosso, de cada um de nós.
A saudade que me dá desses tempos hoje é descarada, tanto que não consigo largar o vídeo-game e meus amigos sofrem com meus constantes deboches. É obrigatório a qualquer adulto viver no planeta terra, encarar a vida de frente e ser realista se quiser ganhar algo na vida, mas do meu mundo criança, eu não saio não...
Uma singela homenagem a todas as crianças de Gaza que sem poderem fazer nada, foram privadas desses momentos por pessoas que talvez nunca tenham sido crianças.
Passamos dessa fase sem sabermos o quanto ela é importante, e nos damos conta, quando somos adultos que sonhamos com coisas que não tem o mínimo valor comparado a esses fatos. Na realidade, já estávamos ali, no mundo do faz de conta, onde éramos quem quiséssemos ser: Eu fui He-man, Changeman Grifon, LioMan, Jiraya, O B.A do Esquadrão Classe A (quem lembra dessa?) e nos campos da rua eu nem conto a vocês... já fui Bebeto, Dunga, Mancuso (nota-se meu estilo Orgo desde pequeno...) e até Romário. O mundo dos sonhos sempre foi nosso, de cada um de nós.
A saudade que me dá desses tempos hoje é descarada, tanto que não consigo largar o vídeo-game e meus amigos sofrem com meus constantes deboches. É obrigatório a qualquer adulto viver no planeta terra, encarar a vida de frente e ser realista se quiser ganhar algo na vida, mas do meu mundo criança, eu não saio não...
Uma singela homenagem a todas as crianças de Gaza que sem poderem fazer nada, foram privadas desses momentos por pessoas que talvez nunca tenham sido crianças.
Nossa rapaz, me arrepiou.
Texto lindo,de uma recordação das mais importantes,por fim sua vida.
beijos e abraços
Caramba, na semana passada, na quinta-feira eu e minha irmã conseguimos juntar 6 amigas de infañcia em um barzinho, três não moram mais no Maranhão, fazia 14 anos que não nos víamos, elas moram em Brasilia e tres estão casadas. Todas concordamos o quanto foi bom a nossa infância, quando brincavamos na rua, aí veio a lembrança das brincadeiras, dos jogos, de quem sempre liderava, de quem batia, de quem apanhava...
Foi muito bom poder relembrar, hj em dia não se vê mais nada disso...
Eu me recuso a crescer! Fisicamente já fui ajudada...huahauhaua
Mas falando sério, não há nada de mal de manter esta chama da infância. Vejo q hj as crianças não curtem tanto como nós curtimos nossa época. Estão amadurecendo jovens demais. E perdendo um tempo precioso. Quem puder carregar na vida de adulto a alma e o fulgor da infância, terá uma vida plena e feliz, principalmente para enfrentar tantos problemas de adulto.
Ter infância feliz, ser livre pra brincar, correr, é coisa que hj em dia tá ficando rara...
Abençoados fomos nós!
Bjnhos moço
Definitivamente você foi uma criança muito má. Ogro desde de pequeno.
Ah sim, e sobre o comentário no meu texto. Tem que ter sensibilidade Ser do Pântano, e eu nunca ouvi falar em Ogros sensíveis.
Olha, Felipe, se eu fosse a Tati teria armado um plano maquiavélico contra a sua irritante pessoa. Eu não fazia parte da turma dos perigosos, mas sempre tinha um plano pra acabar com alguém, e geralmente saía ilesa... talvez a gente se odiasse na terceira ou quarta série, mas quando chegássemos na quinta e os hormônios pipocassem eu ia acabar me apaixonando por você (porque eu sempre me atraí irremediavelmente pelos membros honorários do esquadrão-terror do colégio) e querendo ser a sua Change Mermaid. E algo me diz que vc ia gostar de mim também. ;)
Deu saudade demais dos meus tempos de criança. DEMAIS. Vontade de sair agora mesmo na rua num carrinho de rolimã.
Adorei seu texto, adorei seu humor, adorei seu sarcasmo, adorei o blog e o perfil (ok, vc é flamenguista mas eu posso conviver bem com isso). Roubei seu link e não tiro nem que vc mande o Guiodai, o Satan Goss e os soldados Hidler atrás de mim. E obrigada pela visita que fez ao meu blog e pelo comentário que deixou, eu sei que o meu blog é romanticamente bobinho e coisas do tipo mas mesmo assim te convido pra voltar. Aceita?
Um beijo, rapaz.
Ahhhh melhor época da vida sim. Má achu que tem volta, assim que temos filhos, voltamos a ser crianças.
Porra eu tb era o Change Grifon, Changeman era a desculpa perfeita pra sair na porrada com meus primos kkkkkk, bons tempos que não voltam mais hehehehehe
Abraços e saudações alvinegras!!! kkk
Pode deixar que minha fase Change Griffon já passou, agora eu to num período Tolkiano e sou o Aragorn KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Hahahahaha, como assim?
Que que um botafoguense chorão tá fazendo comentando seu post
Criatura das Montanhas?
Neto é mto cara de pau...deixa eu contar uma histórinha da época de escola minha e do Neto. Não lembro sinceramente em que série isso se passou, mas eu sempre fui mtoooooo faladeira em sala de aula, mto!!!
Certa vez, o sinal tocou, todos se levantaram, pegaram suas respectivas mochilas e merendeiras(eu tinha uma rosa dos ursinhos gummy's que era meu xodó), e eu acabei ficando pq não tinha acabado copiar, sozinha, abandonada na sala de aula...a aluna feia e atrasada, isso causa um trauma que vc não tem noção.
Bom, quando estava na metade, minha mãe já puta pra caraleo me esperando na portaria, vem esse capeta do Neto com a ajuda do seu comparsa do mal Rodrigo Velasco, outro filho de uma p***, entram correndo na sala de aula, pegam o apagador e simplesmente apagam todo o quadro negro, todos os exercícios...tudo!!!
Nem preciso dizer que como sempre eu fiquei chorando horrores e ainda fiquei de castigo uma semana sem poder brincar na rua.
Eu odiei o Neto Mussauer e cultivo esse ódio até hj. Ele acha que somos amigos, mais eu ainda guardo um plano escorpianamente maquiavelico pra acabar com a raça dele.
E minha vingança começa pelo seguinte: Ser do Pântano, lembra qdo no msn um amigo meu te chamou de barbudo mulambento? E vc disse que se encontrasse com ele na porta do maraca dava umas porradas? Pois então. Vou revelar agora a verdadeira identidade do chorão: NETO MUSSAUER.
Nem cai nessa de período Tolkiano e que ele é o Aragorn. Esse cara é doido. Minha próxima vingança será atear fogo no arcade dele.